“Buscar sempre, entre aquilo que nos separa, aquilo que nos pode unir. Se queremos viver juntos na divergência, princípio vital da democracia, estamos fadados a nos entender”.
A frase de Marco Maciel, que morreu nesta manhã no Recife (PE), aos 80 anos, pelas complicações de Alzheimer, cala fundo nesse desafiador momento de cólera que vivemos no Brasil.
Ou pelo menos deveria.
Ex-vice presidente da República (na Era FHC), senador, deputado federal, o pernambucano era um dos mais lúcidos e respeitados políticos do seu tempo.
Foi um papa da moderação e do equilíbrio.
Tudo que está em profunda escassez no deserto da vida pública brasileira de hoje em dia.
Na ironia desses tempos, a voz eloquente do diálogo morre. Não parece coincidência.