O futuro político do ministro Marcelo Queiroga é uma incógnita. A priori, cumpre função eminentemente técnica e afeita à sua formação profissional.
A despeito das crises do governo, o médico faz um bom trabalho e colocou a vacinação noutro patamar, em relação ao antecessor, Eduardo Pazuello.
Ao assumir o Ministério no momento mais delicado da pandemia, Queiroga assumiu também o risco e pagou pra ver: ou sairia desmoralizado ou consagrado da função.
A primeira hipótese parece pouco provável, a dados de hoje. A segunda vai depender do ritmo da imunização e do termômetro da virada do ano.
Se bem sucedido, Queiroga será um ativo político importante nas eleições de 2022, especialmente no seu estado natal.
Não será surpresa se vier a ser encorajado pelo presidente Jair Bolsonaro a servir noutro front. Com o nome todo dia na boca do povo, recall – pelo menos – não lhe faltará.
Sob o melhor dos cenários, o coração do paraibano resistirá aos encantos e possibilidades da política? Estará ele vacinado contra a mosca azul?
Uma coisa é certa: ‘saúde’ ele tem para entrar no jogo da eleição ao Senado.