A declaração do vereador Alexandre do Sindicato (PSD), em desdém à vacina, é, por óbvias razões, inapropriada, para dizer o mínimo.
Porque além de inadequada, sob o ponto de vista científico, racional e até primário, expôs à bancada do qual é líder e o próprio governo que representa na Câmara de Campina Grande.
Impossível dissociar o que ele diz de ambos. E ambos fizeram questão de dizer que o pensamento não lhes representavam.
Ao Hora H, programa que o autor do Blog apresenta o lado de Wallison Bezerra na Rede Mais Rádio em conexão com 21 emissoras na Paraíba, Alexandre fez mea culpa.
Ensaiou ter se arrependido da “forma” como se manifestou, quando, do alto da tribuna do Poder Legislativo campinense de honoráveis tradições, afirmou que “era muito mais Ivermectina, chá de hortelã e limão galego” do que vacina.
Na entrevista, insinuou que sua expressão foi deturpada. Nem precisava ser. A frase foi claríssima como o sol de meio que resplandece o espelho d’água do Açude Velho.
Data vênia, o parlamentar não deve se arrepender só da forma. A questão é mesmo de conteúdo, sobretudo, porque está cada vez mais comprovado que a única e exclusiva prevenção àCovid-19 é a imunização.
O resto é conversa fora. Como chá de hortelã e limão, no máximo serve para expelir catarro ideológico.