No seu estilo singular de agitador político, Zé Gotinha fez escola. Pariu um jovem campinense que de tanto andar ao seu lado – e respirar o seu oxigênio das futricas políticas – ganhou seu apelido, Gotinha Júnior.
O rapaz colou em Zé e absorveu dele o humor, a perspicácia e o olhar atento para os bastidores da cena política local.
A ‘cria’ desabafou a perda do amigo em mensagem encaminhada ao Blog, que reproduzo a seguir:
Meu grande amigo Zé Gotinha.
Sempre fui fascinado por política, desde criança, pedia a minha mãe para ir aos comícios, olhar carretas, participar de passeatas e quando passava um carro de som, sai correndo atrás de santinho.
Não sabia eu, que no ano de 2003, eu viria a conhecer Zé Gotinha, pessoa que tinha acesso a classe política, era uma rádio escuta ambulante, sempre atento e atuante nos bastidores, amigo da imprensa, onde todos queriam ter por perto, por conta das suas fontes bombásticas.
Ele que me deu compasso e régua para ingressar no meio político e me sentir realizado no que fazia.
Tanto foi nosso elo, que fiquei conhecido como Gotinha JR.. Sempre estávamos juntos e vistos no locais públicos da cidade.
Confabulávamos tantas coisas, temos tantas histórias só nossas, risadas intermináveis comentando certos assuntos, que era peculiar sua molecagem.
Um amigo presente, aconselhando e até respeitando alguma diferença que podia a ter, mas sempre companheiros.
Você se foi rápido meu amigo, mas suas histórias, seu jeito, seus pensamentos com alcances longe ficaram marcados. Você foi importante e leal, por onde esteve.
Para sempre, toda classe política, as pessoas que lhe tinham por perto ou lhe teve, vai lembrar de Zé Gotinha.
“Você meu amigo de fé meu irmão camarada
Amigo de tantos caminhos de tantas jornadas
Cabeça de homem, mas o coração de menino
Aquele que está do meu lado em qualquer caminhada
Me lembro de todas as lutas meu bom companheiro
Você tantas vezes provou que é um grande guerreiro
O seu coração é uma casa de portas abertas
Amigo você é o mais certo das horas incertas”