Roberto Jefferson, aquele do Mensalão, está mostrando serviço. Convertido ao bolsonarismo, o ex-deputado federal joga pesado para alinhar o PTB ao governo. E quem tiver no meio que saia da frente.
Uma das vítimas foi o deputado federal paraibano Wilson Santiago, destituído da presidência estadual da sigla, sob a alegação formal de ter deixado de seguir a orientação partidária numa votação na Câmara.
Mas, veja só qual votação. Um projeto que enquadra juízes sob o pretexto de combate ao ativismo judiciário no Brasil.
Santiago divergiu do comando nacional petebista na Comissão de Constituição e Justiça e considerou a retaliação da direção nacional um alinhamento ao extremismo do Governo Bolsonaro.
Agora, desconsidere tudo isso de ambas as partes.
O que está em jogo mesmo aqui em 2022. Jefferson quer depurar o partido e entregá-lo integralmente à estratégia do Planalto, onde convive com desenvoltura e aplausos. De preferência, ficando com a maior parte do fundo partidário para voltar a usar broche na lapela em Brasília.
Ex-líder do governo Lula, Wilson é um dos integrantes da legenda com dissidência declarada e iminente voto no petista quando a eleição presidencial chegar.
No fundo, resolve a vida dos dois. Roberto fica onde está, com Bolsonaro. E Wilson – candidato à reeleição – fica livre para ficar onde sempre esteve; com Lula.