Pode ser questão pessoal. Ou de adaptação mesmo. Afinal, há uma diferença do tamanho da distância entre Brasília e João Pessoa entre dividir espaço com 36 e concorrer numa arena com 513.
O fato é que a estrela do deputado federal petista Frei Anastácio ainda não conseguiu brilhar na Câmara.
Quem estava acostumado com o estilo combativo, as falas fortes e a presença recorrente na mídia do frade em discursos e entrevistas por aqui, já praticamente não o reconhece.
E ele pode até estar se mexendo, tentando, mas a atuação legislativa simplesmente não aparece. Não empolga. Longe de ser falta de competência de assessores. Devem ser os de sempre.
Talvez seja a fase política mesmo, a ambiência nova, o deslocamento, o novo timing que o político não conseguiu acompanhar.
O deputado chegou ao Parlamento Nacional num momento de adversidade para o PT. E os que se destacam na oposição são as figuras já carimbadas. Ou as mentes da nova esquerda. Uma bolha que o paraibano não furou.
A letargia deve preocupar o PT paraibano no sentido de admitir a fragilidade e contribuir com o reavivamento do seu parlamentar mais graduado no momento, sob pena de perder eleitor cativo.
O apagão do deputado também ofusca a representação do partido.
Enquanto a Câmara ainda espera pela posse real de Anastácio, a Assembleia sente saudades daquele inquieto Frei.