Quem lidera a oposição na Paraíba? Por falta de liderança ou por opção pessoal (ou quem sabe estratégica) de quem poderia assumir esse papel, a oposição paraibana continua em stand-by.
Distante fisicamente da cena, o habilidoso ex-senador Cássio Cunha Lima opera politicamente de longe, mas nada que substitua a presença física.
O ex-prefeito Romero Rodrigues (PSD) tenta se afirmar. Saiu-se muito bem da gestão em Campina Grande. Perdeu um pouco de vitamina depois de ser denunciado na Operação Calvário.
Pedro Cunha Lima comanda o PSDB. Embora tenha mais apetite pela atuação parlamentar em Brasília, começa se empolgar com a possibilidade de uma candidatura majoritária. Se houver cenário.
Atuante, a senadora Daniella Ribeiro (PP) sempre pontua que se mantém na oposição ao governador João Azevedo, mas a base do PP no geral se mantém quieta e não incomoda o governo com críticas.
Ainda embalado pelas urnas em João Pessoa, o radialista Nilvan Ferreira percebe o vácuo e tenta assumir esse território. Faz dura oposição ao prefeito Cícero Lucena (PP) e ao governador.
Wallber Virgolino vai na mesma esteira, apesar de já não ser o mesmo depois das urnas em 2020. Os dois se aproximaram e firmaram dobradinha para evitar ficar refém das posições de Romero, Daniella, do clã Cunha Lima ou de quem quer que seja.
No momento, internamente a oposição vive a ausência de uma referência clara, de direção e rumo. Isso se reflete na Assembleia, onde a dificuldade da bancada em pautar é eloquente, a despeito da presença de alguns bons quadros.
É uma nau no cais à espera de comandante. Um alguém que talvez esteja esperando a tempestade da pandemia passar. Ou o vento de 2022 chegar.