Ao vacinar um idoso em Patos, no Sertão da Paraíba, na tarde deste sábado, ministro Marcelo Queiroga, da Saúde, falou em “esperança para vencer o vírus”.
A postura de Queiroga, que impôs nova lógica no enfrentamento ao vírus, substituindo a improdutiva negação, também é por si só uma luz no fim do túnel.
Bom saber que essa esperança para o Brasil, no pior momento da história recente, vem pelas mãos de um paraibano, filho de um estado historicamente estereotipado, minimizado e cancelado pelas sombras do preconceito.
A condução de Marcelo, a despeito de todas dificuldades e desafios do momento, vacina o complexo de inferioridade de um povo que se acostumou a valorizar tudo que vem de fora, menos a reconhecer o valor dos seus, de si mesmo.
O esforço de Marcelo, médico de carreira e servidor concursado, ao recuperar diálogo maduro e técnico com o país (governantes e comunidade científica), é uma dose forte na nossa autoestima.