O dia que está findando foi um sábado de preocupação e tensão entre autoridades de saúde da Paraíba.
Desde as primeiras horas, especialistas, técnicos, secretários e diretores de hospitais trocaram impressões sobre o quadro desolador da covid-19 nos hospitais.
Enfermarias com superlotação, UTI’s idem. Em quase todas as unidades (públicas e privadas), a realidade se repete: não há vagas.
“Estamos entrando numa situação perigosa”, confidenciava, no começo da manhã, diretor de estratégico hospital na capital paraibana.
Paralelo ao avanço da contaminação, a burocracia jurídica limita e impede contratação de equipes para suportar uma crescente e preocupante demanda.
“Precisaremos de uns dias para chamar profissionais, só que não temos uns dias”, explicou um executivo da linha de frente ao Blog.
De um atuante médico, um desabafo comovente: “Ontem cheguei em casa destruído”.
O dia fechou com o desalento de 1.349 novas contaminações, 15 novas mortes oficializadas e 44 internações nas últimas 24 horas. E 138 municípios na bandeira laranja, o estágio de alerta.
O pronunciamento do governador João Azevêdo (Cidadania) nas redes sociais ilustra: “Isso exige ação efetiva para evitar o colapso”.
Entre autoridades e sanitaristas, uma só certeza. O quadro é crítico e novas medidas de contenção não são mais questão de opção.
É vida ou morte.
Segunda-feira será um Dia D.