O resultado da votação da Câmara que manteve a prisão do deputado Daniel Silveira (PSL-RJ) é a demonstração de que, apesar do radicalismo vigente no Brasil, o extremismo tem espaço limitado.
O placar elástico pela manutenção do cárcere é eloquente demais e manda um duro recado político para os que chafurdam com princípios constitucionais e brincam de intimidar e ameaçar de acordo com as conveniências paroquiais e ideológicas.
O país não comporta desvarios institucionais e não aceita a esquizofrenia política como nova ordem.
Os 364 votos pela prisão contra 130 gritam alto na noite de uma sexta-feira que obrigou a Câmara a trabalhar além do seu expediente de praxe.
A ação do STF e a reação do Legislativo são pedagógicas. Na crise de sanidade, ainda há juízo em Brasília.
Pensando agradar o presidente Bolsonaro, Daniel se candidatou a leão de chácara, mas miou como gatinho em perdões na sessão. Terminou como boi de piranha dos radicais.