O ano de 1998 dividiu a política da Paraíba. No racha do PMDB, o então deputado federal Ivandro Cunha Lima, irmão do então senador Ronaldo Cunha Lima, preservava da relação pessoal com José Maranhão, o governador da época.
Uma sinuca de bico histórica. Da qual, Ivandro conseguiu se sair com maestria.
Era apontado, antes do cisma, como um nome para vice de Zé e candidato natural à reeleição. Nem quis uma coisa e nem outra.
“Não vou subir no palanque de um irmão contra um amigo e nem vou subir no palanque de um amigo contra um irmão”, resolveu Ivandro, em depoimento testemunhado no passado e registrado hoje pelo neto, Bruno Cunha Lima, prefeito de Campina Grande, 23 anos depois.
Apesar da rivalidade, uma amizade e a unidade familiar foram preservadas ao mesmo tempo. Uma sem prejuízo da outra.
A salomônica postura conservou dois amigos, sem separar irmãos.