Fátima e Zé, uma despedida de 71 dias – Heron Cid
Bastidores

Fátima e Zé, uma despedida de 71 dias

9 de fevereiro de 2021 às 14h17 Por Heron Cid

A longa internação do senador José Maranhão, em São Paulo, permitiu a desembargadora Fátima Bezerra, sua esposa, uma despedida diária por 71 dias.

Na fé da recuperação e no risco iminente da partida, Fátima teve a chance de homenagear o marido inúmeras vezes.

E como ele certamente gostaria de recebê-la: em vida.

A companheira de décadas partilhou histórias ainda bem guardadas no baú das recordações.

Outros companheiros de jornalismo narraram outras emoções vividas no leito hospitalar. Pequenos gestos e reações, olhares e apertos de mão na porta entre vida e morte.

Aqui, neste Blog, uma ficou registrada. O episódio em que o próprio Zé, com a ajuda de um vaqueiro, fez o parto de Esperança, um bezerrinho laçado.

Uma história de amor e paixão na simplicidade do anonimato de uma fazenda no coração do Brasil.

Maranhão era um devotado pela esposa. Um apaixonado de marca maior.

Na hora derradeira, de fora do leito, Fátima retribuiu tudo o que sentia. Diligentemente, como romeira numa procissão. Um dia após outro. Até a despedida última.

O destino reservou esse presente aos dois.

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