Instado a falar, o ex-prefeito Romero Rodrigues (PSD) falou, enfim. Comentou ao Blog sobre a tese difundida, em entrevista aqui, pelo seu companheiro de partido e amigo de longas datas, o deputado estadual Manoel Ludgério (PSD).
A tese segundo a qual Ludgério advoga um grande acordo político na Paraíba, envolvendo as principais forças estaduais, incluindo numa chapa o governador João Azevêdo (Cidadania) e Romero.
“Na realidade, eu não quero comentar opinião de Manoel Ludgério e de Pedro Cunha Lima, até porque a gente tem que respeitar a opinião dos outros. O que eu posso dizer é a minha e eu estou concentrado e focado na questão da eleição para o governo do Estado em 2022”, disse Rodrigues.
Romero não se debruça sobre outra posição nada chapa que não seja a de cabeça. Pelo menos, no momento: “Não tem outro modelo que se adeque à nossa pretensão, que é a pré-candidatura ao Governo da Paraíba”.
E ainda acentuou diferenças de modelos de gestão com o governador João Azevêdo.
“Nós temos um modelo que diverge do modelo do atual governador, que deu certo em Campina Grande, uma cidade com receita de cidade pequena, porém, grande, do ponto de vista territorial e habitacional, e mesmo assim conseguimos realizar uma gestão de resultados em todas as áreas”, cravou.
Para o arremate: “Esse modelo pode servir à Paraíba inteira, razão pela qual estamos focado nisso e não vamos abrir mão dessa pretensão”.
Moderadamente, como é do seu estilo, seguiu o script de pré-candidato. Como não poderia deixar de ser à tanta distância do pleito futuro, manteve a chama acesa. Com um conteúdo ponderado na mensagem. Sem radicalização, próprio do seu perfil.
Nem a tese ampla de Manoel e nem o veto taxativo de Pedro. Romero foi Romero.
Ele sabe que o político só tem metade do controle sobre o seu futuro. A outra metade é do imponderável.