A expressão é do deputado Aguinaldo Ribeiro. Um “novo eixo” é o que ele batizou para se referir ao produto das alianças políticas de 2020 na Paraíba.
De fato, o saldo político das eleições municipais aqui redefiniu a geografia das forças e redimensionou o tabuleiro.
Desse rescaldo, o próprio Progressistas afirmou-se no jogo, assim como o Cidadania, do governador João Azevêdo.
As duas forças instalaram um fio condutor de energia mútua com a aliança vitoriosa em João Pessoa.
Aguinaldo, líder do PP, reconhece isso e, moderadamente, como é do seu estilo, nem projeta automática reprodução em 2022, nem descarta. Como o fez hoje em entrevista na Rádio Correio de João Pessoa.
Se o Cidadania tem a vantagem de ocupar o Palácio, contar com ampla bancada na Assembleia e reunir o maior número de prefeitos, e o PP de ter angariado notório crescimento em cidades importantes e estratégicas, o PSD, de Romero Rodrigues, mantém o controle de Campina Grande, com Bruno Cunha Lima eleito no segundo maior colégio eleitoral paraibano, e conta com parceria com o PSDB, que também mantém patrimônio politico nas bases.
Campina é um espaço importante, mas a expansão desse domínio do PSD dependerá do desempenho de Bruno como gestor e da desenvoltura de Romero enquanto dirigente partidário.
Rodrigues já começou a demarcar território quando espalha, sem pedir segredo, seu nome como pré-candidato. É sutil e providencial reação ao “novo eixo” que Ribeiro se refere abertamente (volto ao tema).
Até 2022, a especulação de hoje se arrastará: com quem o PP marchará? A resposta será ditada pelo tamanho que João e Romero conquistarão, individualmente, até lá. E, principalmente, da envergadura do próprio PP.
O ‘novo eixo’ já entrou em rotação…