Os quatro ministros do Supremo Tribunal Federal que resolveram trabalhar no recesso esvaziando, na prática, o poder do presidente da Corte, Luiz Fux, na condição de plantonista, obviamente negam a intenção. Esse apego repentino, e inédito, ao trabalho nas férias não convence.
Muito menos a Fux que sentiu o clima particularmente quente depois que três deles — Ricardo Lewandowski, Alexandre de Moraes e Gilmar Mendes — qualificaram o presidente de “traidor” por tê-los deixados sós e vencidos na votação contra a reeleição dos presidentes da Câmara e do Senado e prometeram ações internas para obstruir o trabalho da Presidência.
Luiz Fux olhou a cena e torcia para que as retaliações não se concretizem. Isso até dias atrás, antes dessa recente investida dos colegas. Na ocasião, estava pensando até talvez em deixar para mais adiante uma proposta que mudaria a dinâmica da Corte: acabar com as turmas, voltando as votações todas para o plenário, a fim acabar com o que considera jogo de cartas marcadas.
A ideia, porém, não lhe sai da cabeça e talvez agora tenha ganhando força.
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