Bossa nova, boêmia, samba, carnaval, praia e muita beleza natural. O Rio de Janeiro continuava lindo na memória de Gilberto Gil, mesmo no exílio.
A imagem da “cidade maravilhosa”, terra dos sonhos dos turistas do mundo inteiro, hoje é lugar do pesadelo de nativos.
Um estado quebrado nas finanças e estraçalhado na autoestima pela sucessão de escândalos de corrupção.
A malemolência natural do carioca foi pervertida pela malandragem dos governantes.
Um ex-governador (Sérgio Cabral) preso, um outro ex-governador (Luiz Fernando Pezão) em casa cumprindo medidas cautelares, o governador (Wilson Witzel) da vez afastado e agora o prefeito (Marcelo Crivella) atrás das grades, em prisão preventiva. E uma Assembleia quase inteira enlameada.
No Rio, as grandes autoridades que não estão presas estão afastadas dos cargos. Soltos, por enquanto, só os próceres da rachadinha. Permanecem inteiros.
Houve um tempo em que se pensava nos chefes do tráfico entrincheirados nos subúrbios como a ferida crônica da cidade.
Até enquanto não se conhecia os cancros das gangues escondidas no luxo da zona sul.