O deputado Rodrigo Maia recebeu nesta semana um presente do presidente Jair Bolsonaro. A defesa aberta de um nome para a presidência da Câmara que seja capaz de levar adiante a pauta de interesse do governo, explicitou que a expectativa do Planalto é contar com a submissão dos deputados nos próximos dois anos.
Quando Bolsonaro disse na terça-feira (15.11) que pretende enviar à Câmara a proposta do excludente de ilicitude (que reduz a responsabilidade de policiais sobre mortes ocorridas em serviço) assim que a Casa estiver sob nova presidência, expôs com clareza a ideia de retomada da pauta que não prosperou enquanto Maia foi presidente.
Isso prejudica a movimentação do deputado Arthur Lira de tentar ganhar votos descolando-se de Bolsonaro e prometendo autonomia em relação ao Planalto. Consequentemente, afasta dele a cortejada esquerda com seus 133 votos e condição de fiel da balança.
Entre os aliados de Lira a manifestação do presidente da República foi considerada inábil, extemporânea e desnecessária. Para eles, Bolsonaro quis marcar posição sem, no entanto, levar em conta a estratégia de Lira. Já os integrantes do grupo de Maia, agradecem penhorados a ajuda.
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