Em março de 2018, esse Blog chamou de “Plano P” o projeto interno do PSDB de lançar, à época, o deputado Pedro Cunha Lima ao governo da Paraíba.
O plano, como a história registrou, não avançou e os tucanos declinaram e terminaram votando em Lucélio Cartaxto (PV).
O “Plano P” adormeceu. Na verdade, agora se sabe, foi adiado, porque acaba de ser removido do arquivo pelo próprio deputado federal e presidente estadual do PSDB.
Aos quatro ventos, Pedro tem dito estar pronto para a missão e “trabalhando para isso”. Tem sentido? Tem.
A oposição sabe o preço que pagou por ter optado pelo improviso e o PSDB até hoje carrega o ônus da passividade que permitiu a roda grande girar dentro da pequena.
Pedro, portanto, cumpre tarefas. Demarca território tucano na oposição, preserva o espaço do partido e joga o nome na praça para avaliação.
No mínimo, sente a temperatura. Se pegar, bota pra frente. Se não, guarda o espaço para um nome do agrupamento. Romero Rodrigues, prefeito de Campina Grande, por exemplo.
O mais provável, todavia é que o movimento de Pedro não seja blefe e cumpra um roteiro em que ele pode mesmo ir até às últimas consequências e disputar, o que garantiria base suficiente para o ex-senador Cássio Cunha Lima (PSDB) regressar à arena política com vaga garantida na Câmara, espaço cativo do clã há décadas.
Com muita estrada para rodar, Pedro pode correr o risco de perder. Cássio, não.