Em São Paulo, somados, os que se abstiveram de votar, e os que votaram em branco ou nulo atingiram a assombrosa marca de 40,6% do total de eleitores, superando a votação obtida pelo prefeito reeleito Bruno Covas (PSDB) em 480.539 votos.
No Rio de Janeiro, o não voto foi além – 44,24% do total de eleitores aptos. Superou em 661.549 o número de votos amealhados pelo prefeito eleito Eduardo Paes (DEM). Tem nem graça comparar com a votação do segundo colocado.
E foi assim também em Porto Alegre, onde Sebastião Melo (MDB) derrotou Manuela d’ Ávila (PC do B), mas perdeu para o não voto (37,35%). No Recife, Marília Arraes (PT) foi derrotada duas vezes: por João Campos (PSB), seu primo, e pelo não voto (40%).
O voto no Brasil é obrigatório, mas aos poucos está deixando de ser. Isso revela o desencanto do eleitor com a política e os candidatos que ambicionam seu voto. Os partidos estão obrigados a refletir a respeito se não quiserem se tornar irrelevantes.
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