A peleja eleitoral de 2020 em Guarabira, no agreste paraibano, prometia, desde sua concepção. Seria o enfrentamento de um prefeito em exercício e um ex-prefeito.
Não só isso. Um prefeito alçado ao mandato pela força do destino e um ex-governador da Paraíba. Um duelo que já pagaria o ingresso do eleitor guarabirense.
Marcus Diogo, pela primeira vez candidato a prefeito, contou com o benefício da divisão da oposição em duas candidaturas (Roberto Paulino, MDB, e Antônio Teotônio, PDT).
A dura eleição forçou uma aliança que já vinha sendo adiada por quase dois anos, a adesão da família Paulino ao governador João Azevêdo (Cidadania).
Roberto precisava de apoio externo. E o governador carecia de um aliado de peso para chamar de seu na cidade. Juntou fome e vontade de comer.
Só a oposição que não se juntou e se partiu em duas votações: 33,80% de Paulino e 20,82% de Teotônio.
Com 45,38% dos votos, prevaleceu e venceu o discurso de continuidade da gestão (bem avaliada), iniciada por Zenóbio Toscano. Marcus diz que o resultado das urnas foi o “não às mentiras” e o “sim ao trabalho”.
O prefeito reeleito sustenta que não há revanchismo com o eleitor, mas mantém portas fechadas com os protagonistas da oposição. Ele tem agora a tarefa de avançar no eleitorado oposicionista e trazer para si parte dos 54,62% que fizeram opção de mudança.
O primeiro passo para tanto o grupo governista deu no último dia 15: ganhou a eleição no penoso desafio da primeira disputa sem a presença física do seu líder, Zenóbio Toscano, o que obrigou todos, sem exceção, a se reinventarem. Especialmente Camila e Léa, agigantadas no embate.
A vitória era uma questão de honra à sua memória. Antes de tudo.
*Marcus Diogo foi o entrevistado de hoje do Programa Hora H, da Rede Mais Rádio, com transmissão em Guarabira pela Rádio Constelação FM 92,1, no dia do aniversário de 133 anos de emancipação política do município.
