Apenas um em cada 10 eleitores da cidade de São Paulo diz não conhecer suficientemente Bruno Covas (PSDB), prefeito e candidato à reeleição. No caso de Guilherme Boulos (PSOL), um em cada quatro afirma a mesma coisa, segundo pesquisa Ibope.
Há razões de sobra para que seja assim. A primeira, a exposição que tem um prefeito no exercício do cargo. A segunda, a exposição crescente que ele ganhou depois de ter se internado para cuidar de um câncer. A terceira, a coligação que montou para se reeleger.
Essa última deu-lhe um tempo de propaganda na televisão durante o primeiro turno superior a dos seus três maiores adversários somados. Covas teve 3 minutos e 29 segundos por período do horário eleitoral – França, Russomanno e Boulos, 2 e 47 segundos.
Separados, França teve 1 minuto e 36 segundos, Russomanno, 51 segundos e Boulos apenas 20. No segundo turno, e só até amanhã, é que Boulos tem um tempo de propaganda na televisão e no rádio igual ao de Covas – 10 minutos por período de horário eleitoral.
O desconhecimento sobre Boulos é maior entre a parcela mais pobre da população onde ele precisa crescer para derrotar Covas. Nela, 38% dizem não conhecer o candidato do PSOL o bastante. O PT tenta ajudar Boulos nessa tarefa, mas o tempo passa.
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