Quatro anos atrás, o deputado Nabor Wanderley (Republicanos) foi tragado pela onda de renovação em Patos, soprada por uma sequência de denúncias contra a gestão de Francisca Motta (MDB).
Dinaldo Filho, à época no PSDB, venceu e, ironicamente, caiu na escuridão da Operação Cidade Luz. Nunca mais voltou.
Veio 2020 e uma nova onda bolsonarista. O ex-juiz Ramonilson Alves (Patriota) compareceu ao front como candidato representante desse novo momento.
Um novo desafio com cara de intransponível para o grupo de Nabor. Um prefeito interino (Ivanes Lacerda) no cargo e o direito natural de reeleição, só que petrificado pelo desgaste de medidas amargas e uma série de instabilidades do entra e sai prefeito.
Na undécima hora, o deputado topa o desafio e tapa o buraco indo para uma disputa aparentemente inglória.
De derrotado em 2016, Nabor deixou as urnas de novembro de 2020 num grande lance de superação. Venceu o próprio trauma da derrota passa e uma candidatura predestinada a vencer, contrariando todas as expectativas iniciais.
Deu o que o Instituto Opinião, na pesquisa da RedeMais, projetou, uma vitória com razoável vantagem: cinco mil votos de maioria.
Uma diferença incontestável com uma volta por cima digna de registro nos anais da política patoense.
O tipo de vitória que obriga Nabor Wanderley a tomar como meta o que ele disse ontem em entrevista ao programa Hora H, da Rede Mais Rádio: “Eu não tenho o direito de errar”. Tem não!
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