Valdiney Gouveia, o reitor nomeado pelo presidente Jair Bolsonaro para administrar a Universidade Federal da Paraíba, não terá vida fácil.
A recepção da posse deu o sinal do tamanho da resistência que enfrentará o terceiro colocado na disputa pela Reitoria.
Gouveia assumiu debaixo de vaias e ovos desferidos por militantes políticos e de movimentos internos da Universidade.
Os mesmo que criaram as cenas de acorrentados na frente do prédio da sede administrativa da UFPB. Script esperado e já manjado, convenhamos. Proteste-se no campo do argumento, não da agressão física.
O leite já está derramado e o reitor escolhido. Discorde-se da forma, como aqui registrado neste espaço, mas ele é o reitor nomeado. Ponto final.
Vamos à realidade.
Ao aceitar assumir, Valdiney tem duas opções: fazer o enfrentamento às ideologias políticas enraizadas na Universidade e combater o mal com o mesmo mal impondo o bolsonarismo, ou blindar a gestão e a universidade do aparelhamento venha de onde vier, focar nos resultados e na qualidade do ensino e na pluralidade.
Com Valdiney ou Terezinha, a vencedora das consultas internas, a próxima gestão da UFPB precisa perseguir numa nova fase; a de uma instituição que serve à educação e ao público externo. Não a segmentos políticos organizados. O compromisso tem que ser com a sua missão educadora, acima do confronto ideológico ultrapassado, pobre e estéril.
A universidade pública não tem dono e nem lado.
A a partidarização do ensino público é maléfica. Seja de esquerda ou venha a ser de direita. Valdiney, que chegou na solenidade de posse acompanhado do emblemático Cabo Gilberto Silva, passará nessa prova? Ele terá quatro anos para responder…