Estamos a 27 dias do primeiro turno. Nessa fase, em outras eleições municipais, o calor eleitoral atingia altas temperaturas.
Nessa atípica eleição de 2020, o clima ainda é antártico em João Pessoa e Campina Grande, as principais cidades paraibanas. A exceção fica por conta dos municípios de médio e pequeno porte, onde o pleito define praticamente a renda e a vida de parcela significativa dos moradores.
Se não fossem os intervalos comerciais do rádio e da televisão e os conteúdos patrocinados nas redes sociais, ninguém nem se daria conta que estamos prestes a eleger prefeitos e vereadores nas duas maiores cidades paraibanas.
No geral, o eleitor ainda continua apático ao processo, indiferente ao morgado debate político.
Os candidatos se viram como podem nas suas estratégias, muito mais focadas nos próprios perfis digitais, canal para onde a militância engajada ou o eleitor curioso vai acompanhar o cotidiano das candidaturas.
Contribui para o novo comportamento o novo modelo de campanha, com menos barulho e menos estrutura, antes diferenciais que dizem que tinha ou não chances de avançar e vencer.
Mudaram a campanha e o eleitor. Os candidatos também foram obrigados a mudar ou se adaptar.
A eleição está mais fria mesmo. Ruim? Não. Quanto mais racional e reflexiva e menos emocional, melhor para a cidadania e democracia. As chances de errar são menores.