(Recife-PE) – A reação nas pesquisas do candidato do PSB a prefeito do Recife, João Campos, tem explicações. Sustentado por duas máquinas, o Governo do Estado e a Prefeitura do Recife, sua campanha, em comparação as demais, é a que tem mais musculatura financeira, maior número de candidatos a vereador cabalando votos, a mais ampla aliança partidária e mais visibilidade de rua.
Só de largada, conforme antecipamos ontem, a direção nacional do PSB remeteu R$ 5,5 milhões para o caixa de João, grana proveniente do fundo partidário. Desconheço que outro candidato de capital filiado à legenda tenha recebido tratamento tão distinto, nem mesmo Márcio França, ex-governador de São Paulo, que agora briga pela Prefeitura da capital. Isso só se explica pelo desespero do PSB estadual, de eleger João a qualquer custo.
Evidentemente que, do ponto de vista estratégico e de importância econômica para o PSB, São Paulo é incomparável a Recife. Acontece que o núcleo do PSB pernambucano manda e desmanda na executiva nacional e entende que manter a Prefeitura do Recife é primordial para 2022, quando o que estará em jogo é o Governo do Estado, já em poder da legenda socialista há 14 anos.
Há quem desconfie das pesquisas e entenda que o noticiário adverso ao PSB e ao próprio João, como as operações da Polícia Federal na Prefeitura do Recife, possam servir de motivo para engessar qualquer crescimento do candidato apoiados pelas forças governistas. Teoricamente, isso é compreensível, tanto que as pesquisas apontam um alto percentual de reprovação de Geraldo, superando a casa dos 52% de péssimo e ruim.
Mas máquina bem azeitada moendo na direção dos ventos pesa muito. Neste particular, o PSB aprendeu todas as lições do seu mestre, iluminador e fonte permanente de inspiração, o ex-governador Eduardo Campos. Este ensinou que para se chegar ao poder, o céu é o limite. Seus discípulos, portanto, são fiéis e aplicados seguidores da sua doutrina, que consideram infalível.
Blog do Magno Martins