Bolsonaro e o eleitor lulista (por Magno Martins) – Heron Cid
Bastidores

Bolsonaro e o eleitor lulista (por Magno Martins)

1 de outubro de 2020 às 09h48 Por Heron Cid

Na visita a Pernambuco, hoje, o presidente Bolsonaro vai sentir de perto, mais uma vez, que a receptividade ao seu Governo melhorou muito no Nordeste, reconhecimento que parte até de quem está no campo da oposição quando essa leitura se relaciona ao programa emergencial de ajuda aos que perderam o emprego informal na pandemia do coronavírus mediante uma bolsa mensal de R$ 600. Pelo menos, mais de 60 milhões de brasileiros estão sendo contemplados.

O valor por família pode chegar até R$ 1,8 mil, caso o pai, a mãe e o filho numa mesma casa recebam a ajuda e isso tem sido observado em várias partes do País, especialmente no semiárido nordestino. Ao lado disso, o Governo ampliou também o programa Bolsa-Família, responsável pela popularidade do ex-presidente Lula, que em breve deve ser substituído pelo Renda Brasil, com as mesmas características e mecanismos de fiscalização mais consistentes.

Em entrevista, ontem, ao Frente a Frente, o presidente da Embratur, Gilson Neto, chegou a afirmar que o presidente está com tamanha aceitação que grande parte do eleitorado lulista no Nordeste migra para Bolsonaro. “Eu não tenho dúvida de que o eleitor cativo de Lula virou bolsonarista”, afirmou, adiantando que essa prova dos sete tem tirado nas recentes viagens a vários Estados nordestinos, como a Bahia, Alagoas, Rio Grande do Norte e Paraíba.

“Qual o presidente que ousa em pousar numa área do Nordeste que não estava em seu roteiro, ir diretamente para um bar, se misturar com o povo e não receber nenhum gesto de hostilidade? Pelo contrário, ser festejado por todos e abraçado. Isso é prova de que o povo está em sintonia com o seu Governo, voltado para a maioria”, destacou. Para o presidente da Embratur, a aprovação do Governo e o modo dele de administrar o País estão comprovados também em pesquisas de opinião.

Mesmo em alta, o presidente está irredutível diante da decisão já tomada, lá atrás, de não se envolver na eleição municipal em nenhuma das capitais, nem mesmo o Rio, sua principal base eleitoral, por onde conquistou todos os seus mandatos de deputado federal. Quem projetava contar com o seu apoio, segundo Gilson, pode tirar o cavalinho da chuva.

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