Ao decidir por uma coligação com o PV de Luciano Cartaxo e Edilma Freire, o PDT calculou os riscos.
Sabia que a articulação não seria de fácil digestão no Palácio da Redenção, mas valeu-se, especialmente, de três premissas: o Cidadania do governador João Azevêdo não tem candidato próprio em João Pessoa, PT e DEM – partidos da base – não seguiram o governo e o PDT emplacou a vice do PV.
Na prática, a direção pedetista não quis ser mais um no grande arco de aliança em torno de Cícero Lucena e nem fortalecer o projeto do PP, que pavimenta um caminho para 2022.
A decisão foi para 2020, mas com olho na sucessão estadual, assim como fizeram PP e Cidadania.
O PDT fez a sua aposta de sobrevivência.
Toda ação tem uma reação, ensina a terceira lei de Newton.
Até as telhas da Granja Santana não disfarçaram o desconforto com a celebração da aliança do PDT com o prefeito de João Pessoa.
Ao blog do jornalista Maurílio Júnior, aqui do Portal MaisPB, o governador externou insatisfação com o movimento do partido da vice-governadora Lígia Feliciano.
“Fiquei sabendo pela imprensa”, registrou Azevêdo, com palavras que representam muito do sentimento palaciano.
Diplomático, João limitou-se em público a classificar a composição como “equivocada”. Nos bastidores, porém, o governo trata o acordo com palavras mais ásperas.
A relação fissurou.