(Recife-PE) – Isolado, sem apoios, só resta a Daniel Coelho retirar sua pré-candidatura a prefeito do Recife pelo Cidadania. A política não é um exercício solitário, exige a conjugação do verbo somar para se formar um exército no enfrentamento às urnas como uma batalha mortal. O próprio Daniel já provou do veneno do isolamento lá atrás quando disputou a Prefeitura em outras situações menos adversas e acabou sendo derrotado.
O que não se sabe, no entanto, até agora é sobre o seu destino nas eleições municipais, se encampa o bloco em apoio a Mendonça Filho (DEM), que se fortaleceu com o apoio do PL, ou se abraça com o projeto da delegada Patrícia Domingos, que deve ser oficializada candidata em convenção pelo Podemos, também em ato online como determina as novas regras eleitorais em tempos de pandemia.
A delegada é bem próxima a Daniel, já foi homenageada pela Câmara dos Deputados por iniciativa dele e não terá problemas num entendimento com ela, já que revela ter dificuldades em seguir com o mesmo bloco que está sendo montado para fortalecer a candidatura de Mendonça Filho. Recolhido em casa, Daniel avalia qual o cenário mais confortável, mas tem a torcida de muitos para marchar com Mendonça e não com a delegada.
Fala-se que poderia indicar o vice do democrata, mas por enquanto se manifesta apenas informando que continua no páreo, quando isso não é verdade. Ele só não joga de imediato a toalha porque segue a máxima de Marco Maciel, que deixou a lição de que em política quem tem prazo não tem pressa.
Daniel é um quadro valoroso da política estadual e tem presença nacional. Só precisa fazer o jogo certo nas eleições municipais para não se complicar, dois anos depois, na reeleição de federal, projeto que é o mais sólido, correto e que garante sua permanência na vida pública.
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