Afastado do cargo por decisão no âmbito do Superior Tribunal de Justiça, ainda que consiga ter sucesso em recurso, Wilson Witzel está com sua carreira política morta e enterrada. Caiu na velocidade com que subiu, elegendo-se governador na esteira da onda Bolsonaro.
Esse é mais um capítulo da tragédia político-administrativa do Rio de Janeiro que já viu quatro do Palácio Guanabara serem presos, acusados de corrupção. O caso de Witzel, que envolve também o vice e o presidente da Assembleia Legislativa, expressa a falência múltipla dos órgãos públicos no Estado.
Em sua meteórica e breve trajetória na política, Witzel caracterizou-se pela imprudência e pela pressa, pecados mortais no ramo. Foi imprudente ao não se afastar dos esquemas montados e operados pelos antecessores, inepto ao não firmar alianças fortes no Legislativo estadual e foi apressado ao se lançar à presidência da República e, no embalo, romper com o presidente Jair Bolsonaro que agora deve estar saboreando o sabor a vingança, um prato que pode saborear ainda quente.
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