Diego; o 'coringa' que Luciano perde – Heron Cid
Opinião

Diego; o ‘coringa’ que Luciano perde

31 de agosto de 2020 às 13h32 Por Heron Cid
Com rompimento de Tavares, Cícero tira carta estratégica do jogo do adversário

Quem joga baralho sabe. Quem tem um coringa, tem quase tudo. É a aquela carta que pode substituir qualquer outra no jogo. Um diferencial estratégico.

Diego Tavares, ex-secretário e empresário, era essa figura na gestão e na política do grupo do prefeito Luciano Cartaxo.

Na gestão, foi de tudo e deu conta do recado, admita-se.

Foi da Secretaria de Trabalho e Emprego à imprescindível pasta do Desenvolvimento Social. Da necessária Secretaria de Comunicação, passando pela aglutinadora Articulação Política até o complexo Instituto de Previdência Municipal.

Em todas as passagens, deixou saldo positivo e até desarmou bombas de alto potencial destrutivo, como no IPM.

Na política, conquistou espaço diferenciado no grupo. Pela bagagem pessoal, era figura vista para fora como a peça autorizada com quem podia se dialogar sobre grandes acordos e alianças.

Não por acaso teve papel destacado na reeleição em 2016 e recebeu de Luciano a tarefa de coordenar a campanha de Lucélio Cartaxo ao governo, em 2018. No que lhe cabia, fez o máximo  – duas vezes – na árdua tarefa de ampliar o leque de composição.

Pelo conjunto da obra, era o nome natural soprado pelo universo político para a sucessão de Luciano, de quem recebeu e cumpriu tarefas administrativas e políticas.

Não foi.

E não sendo, da forma como não foi, se sentiu à vontade para se despedir e seguir outros caminhos. Caminhos que se encontraram com o PP de Daniella Ribeiro, senadora do qual é suplente, e com Cícero Lucena, de quem seu pai – Reginaldo Tavares – foi vice-prefeito.

A mesa de Luciano e o PV perdem um ‘coringa’ e o PP e a campanha de Cícero ganham uma carta eclética.

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