Não há razão para queda de Mendonça (por Magno Martins) – Heron Cid
Bastidores

Não há razão para queda de Mendonça (por Magno Martins)

21 de agosto de 2020 às 09h48 Por Heron Cid

(Recife-PE) – Cada pesquisa tem suas particularidades, mas um dado surpreendeu na pesquisa do Potencial postada ontem neste blog sobre a sucessão no Recife: a perda de cinco pontos percentuais por parte do pré-candidato do DEM, Mendonça Filho, que sempre apareceu bem, situado entre 12% e até 14%, chegando a liderar em alguns levantamentos. Não vi nenhum fato novo para puxar o democrata para baixo. Variações em pesquisas acontecem em cima de fatos, ruins ou bons. Nada disso foi visto para atingir Mendonça.

Pelo contrário, o democrata tem sido, dentre todos os pré-candidatos, o que mais tem ocupado o noticiário com bombardeios à gestão Geraldo Júlio. Firme e corajoso, Mendonça abriu várias frentes em defesa do Recife, contra equívocos e imoralidades praticadas na gestão socialista, já objeto de cinco operações da Polícia Federal. Também não se viu nada que atingisse a sua imagem de forma negativa. Mendonça tem feito o bom combate, está atento a tudo que contraria os interesses da grande massa da população recifense.

Nunca contestei pesquisas, principalmente sendo postadas neste blog com exclusividade. Mas, insisto, queda em pesquisa não se dá sem fato relevante. Quanto aos demais números, nada de novidade. Apenas algumas conclusões óbvias: a delegada Patrícia Domingos, pré-candidata do Podemos, que oscilou positivamente um ponto percentual, se mantém firme em segundo lugar revelando que tem gordura eleitoral e chances de crescer mais.

Dependerá, especialmente, da forma como conduzirá a campanha. Tem que apresentar, por exemplo, um projeto para o Recife ao invés de insistir no samba de uma nota só em cima do combate à corrupção. Marília Arraes, que lidera, dá sinais de que o PT e não ela têm teto, que parece já ter sido alcançado. Sua grande vulnerabilidade é o próprio partido, carimbado como a legenda da corrupção e da roubalheira nos Governos de Lula e Dilma.

Quanto a Daniel Coelho, que recuou um ponto, saindo de 10% para 9%, precisa dá uma demonstração mais clara de que quer ser mesmo de fato candidato, porque até agora sua pré-campanha é muito tímida, quase não existente. Se receber o apoio do PSL, de Luciano Bivar, como se especula, pode fazer o diferencial entre os demais pré-candidatos da oposição.

Por fim, há um fato que precisa ser lembrado também: dentre os pré-candidatos, o eleitor não identificou ainda qual esteja alinhado ao Palácio do Planalto. Bolsonaro vive um momento bom do seu Governo e para onde pender no Recife pode levar o seu eleitorado cativo. Há quem diga que o presidente não irá se envolver na eleição municipal. Custo acreditar, até porque se essa onda positiva do seu Governo se confirmar, não perderá a oportunidade de ser cabo eleitoral influente.

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