Quem acompanha um pouco a política de Patos não se surpreendeu com a carta em que o deputado estadual Doutor Érico (Cidadania) publicou para anunciar sua desistência da disputa eleitoral de 2020.
Nos últimos meses, o médico já oscilou algumas vezes entre ser ou não ser (Freud explica) candidato a prefeito.
A forma como ele abandonou o barco, porém, foi atabalhoada e sem justificativa digna de um líder político. Em síntese, disse que prefere continuar sendo médico e deputado. O que já era ou é.
Sendo candidato, não deixaria de ser médico. Sendo prefeito, também não.
A nova decisão pareceu mais uma fragilidade pessoal do que uma decisão política. Ainda mais depois do advento da adesão do MDB e do anúncio da ex-primeira-dama Mirna, mulher do prefeito afastado Dinaldo Filho (MDB), como sua vice, numa costura da Granja Santana.
Uma semana atrás, no programa Hora H, da Rede Mais Rádio, o deputado disse que sua candidatura estava consolidada.
A receita de Érico conseguiu a proeza de constranger, de uma só vez, Dinaldinho, a direção do Cidadania, a si próprio, e especialmente aos seus eleitores.
Mas, para estes, há uma esperança. Não será surpresa se o doutor desistir de desistir.