A novela “Quem é o candidato de Luciano Cartaxo” acabou na sua primeira parte. Com Edilma Freire anunciada, o que parecia ser o episódio final ganhou um novo capítulo.
No enredo, um outro suspense entra em cena: o que significa a reação gélida e o silêncio de Socorro Gadelha e especialmente de Diego Tavares?
Socorro calou-se e mergulhou. Diego Tavares também. Nenhum dos dois deve voltar ao governo. Ao que está nítido, não atenderão o apelo de Cartaxo para o regresso.
Emissários escalados para conversar com ambos não obtiveram muito sucesso nas tratativas.
Nenhum se sentiu suficientemente convencido de que o papel principal de 2020 caberia a Edilma, dona de script secundário e discreto, até pouco tempo, na administração, e enxertada de surpresa no palco eleitoral.
Pelo que se apura, a insatisfação não é com a opção em si. Todos sabiam que todos os demais poderiam ser escolhidos, em tese. O que frustrou foi a forma e a condução.
Entre os pleiteantes ficou a sensação de que foram enganados, usados e descartados sem a devida e necessária transparência.
Se era pra serem peças de um movimento para algo já devidamente resolvido, esperavam, pelo menos, saber da estratégia para jogar o jogo e dançar conforme a dança.
Essa, ao que parece, é a decepção com o líder a quem devotaram trabalho, dedicação e empenho no projeto administrativo e eleitoral.
Diego Tavares, por exemplo, cumpriu múltiplas funções. Se foi alçado a suplente de senador com as bênçãos de Luciano, também até hoje paga ônus pessoal explorado pelos adversários do prefeito.
Socorro Gadelha até quase se indispôs com o PP, partido com quem ela nutre recíproca relação, quando aceitou convite de filiação ao PV.
Nada disso teria garantido uma condução igualitária do processo antes da escolha que, pelas evidências, já estava escrita no roteiro do grupo mais íntimo do prefeito.
O silêncio agora fala por eles. Grita!