Bayeux, na região metropolitana de João Pessoa, nunca teve muita sorte com prefeitos. Nos últimos três anos e meio, a cidade foi testada ao limite máximo da instabilidade e constrangimento.
O protagonista da novela, Berg Lima, uma jovem promessa da política que já havia perdido eleições e mereceu voto de confiança do seus munícipes, desandou desde sua prisão em flagrante por suposta cobrança de propina.
De 2017 para cá, Bayeux mudou de prefeito pelo menos cinco vezes e viu agora, finalmente, a renúncia do seu prefeito afastado por decisão judicial.
O município segue governado na interinidade e deve passar por novo transtorno de uma eleição indireta, via Câmara Municipal.
Na novela, o que era pra ser a vontade do povo dá lugar à queda de braço pelo poder, nos bastidores, entre vereadores.
No movimento calculado, Lima se vinga do atual prefeito interino Jeferson Kita, um dos seus algozes, e abre espaço para a possibilidade de sua bancada eleger um aliado.
A ferida fica ainda mais à vista.
A guerra continua e o pesadelo de Bayeux ainda não acabou. No calvário, cinco meses de tortura ainda estão a caminho.