Benefício de R$ 600 ajuda Bolsonaro (por Magno Martins) – Heron Cid
Bastidores

Benefício de R$ 600 ajuda Bolsonaro (por Magno Martins)

13 de junho de 2020 às 14h49 Por Heron Cid

(Recife-PE) Nova pesquisa XP/Ipespe divulgada, ontem, aponta a interrupção da tendência de aumento da reprovação ao Governo do presidente Jair Bolsonaro que ocorreu a partir da saída de Sergio Moro no final de abril. O grupo que considera o governo ruim ou péssimo oscilou um ponto para menos, passando de 49% para 48%, enquanto os que acham a gestão atual boa ou ótima avançou dois pontos, de 26% para 28%. Isso pode ter relação com o benefício dos R$ 600 dado pelo Governo aos mais pobres, recebido como um auxílio ao Bolsa Família.

Em relação especificamente a essa ajuda emergencial do Governo, caiu de 38% em abril para 9% o grupo de pessoas que diz que ainda vai receber, enquanto no mesmo período passou de 10% para 34% os que já receberam. Além disso, a pesquisa mostrou que 41% das pessoas que receberam usaram o benefício para comprar alimentos e produtos de abastecimento da casa. 19% pagou contas de luz, água e telefone e outros 16% pagou dívidas. Isso prova que Governo só cresce em popularidade quando está em sintonia com as classes menos favorecidas.

Houve oscilações positivas na expectativa para o restante do mandato. O grupo de bom/ótimo saiu de 27% para 29%, enquanto ruim e péssimo recuou de 48% para 46%. No outro sentido, a avaliação dos governadores piorou, em um cenário em que há uma grande troca de críticas entre alguns estados e o Governo Federal na condução da crise do novo coronavírus. O grupo que considera a gestão dos governadores ótima ou boa caiu quatro pontos, passando de 42% para 38%, ao passo que a avaliação ruim/péssimo foi de 23% para 25%.

Já o regular teve leve variação, de 33% para 34%. Enquanto isso, o Congresso teve um recuo de quatro pontos em sua avaliação regular, que saiu de 45% para 41%. Por outro lado, tanto ruim/péssimo quando bom/ótimo tiveram oscilações de dois pontos. O primeiro foi para 39% (ante 37% na última pesquisa), enquanto a avaliação positiva foi para 15%, contra 13% anteriormente. A pesquisa XP/Ipespe ouviu 1.000 eleitores de todas as regiões do País, a partir de entrevistas telefônicas realizadas por operadores entre 9 e 11 de junho. A margem máxima de erro do levantamento é de 3,2 pontos percentuais para cima ou para baixo.

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