Pede-se às almas caridosas do país, principalmente àquelas embriagadas pelos ensinamentos que o autoproclamado filósofo Olavo de Carvalho destila à distância segura a partir dos Estados Unidos, que o ajudem a pagar a conta de mais de quase R$ 3 milhões por processos movidos por quem ele ofendeu.
É da natureza do guru da família Bolsonaro caluniar, injuriar e difamar quem atravessa seu caminho. Quem não atravessa também. O cantor Caetano Veloso foi um dos seus alvos. A justiça mandou que Olavo o indenizasse. Quem o segue nas redes sociais sabe que Olavo é uma boca suja.
Foi usando expressões porcas que ele, ontem, por meio de um vídeo postado nas redes sociais, ameaçou derrubar a “merda do governo Bolsonaro” e mandou o presidente “enfiar no cú” a medalha com a qual o condecorou no ano passado. Olavo sente-se abandonado pelo presidente e por seus filhos. E traído.
Detestou a nomeação da atriz Regina Duarte para Secretária de Cultura do governo. No lugar, ele queria pôr mais um dos seus discípulos. Receia ser traído outra vez com a possível demissão de Abraham Weintraub do Ministério da Educação. A área de compra de livros didáticos do ministério interessa a Olavo sobremaneira.
“Bolsonaro, o que ele fez para me defender? Bosta nenhuma! Chega lá, me dá uma condecoraçãozinha…” desabafou Olavo. “Essas multas que esses caras estão cobrando de mim vão me arruinar totalmente. Como é que eu vou poder sobreviver aqui nos Estados Unidos sem nenhum tostão furado?”
O empresário Luciano Hang, dono da Havan, conversou com Bolsonaro a respeito e deu início a uma vaquinha com empresários para saldar as dívidas de Olavo. Por ora, não está sendo bem-sucedido. Filantropia anda em baixa em tempos de vírus e de empresas em dificuldades.
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