Um documento da Confederação Nacional dos Municípios circula. Ele é fruto do consenso entre as associações dos prefeitos em todo o Brasil.
Nele, uma peça que defende quatro pontos: o adiamento da eleição de 2020, a prorrogação dos mandatos dos atuais prefeitos, a unificação da eleição para 2022 e o fim da reeleição.
O momento é atípico e falar em eleição neste ano é temerário. Por uma razão: não se sabe quando as coisas voltarão ao normal. E se voltarão.
Os prefeitos pegam esse gancho para “passar a boiada”, no dizer do ministro Ricardo Salles, do Meio Ambiente.
Por mais desfavorável que seja o momento e por mais propício que seja o debate do fim da reeleição, num país que gasta cerca de R$ 10 bilhões a cada dois anos, a carta da CNM tem um vício de origem e uma flagrante característica de legislação em causa própria.
Ela parte dos mais interessados. Os já reeleitos ganham dois anos de bônus e chegam a dez anos no poder. Os que iriam para a reeleição abocanham igual período sem suar nas urnas. Um excelente negócio.
Em entrevista ao programa Hora H, da Rede Mais Rádio, na noite desta terça-feira, o presidente da CNM, Glademir Aroldi, explicou a proposta e respondeu sobre essas contradições. Confira: