A pandemia do coronavírus não acende a luz em nenhum fim do túnel, seja no Brasil ou qualquer parte do mundo. Quanto mais se vira a página do calendário, mais mortes, mais casos confirmados. O inimigo invisível não distingue raça, cor, idade ou posição social. É devastador, um tsunami que desafia a ciência e o homem.
Na guerra contra o inimigo, tudo é válido. O uso de um remédio a base de cloroquina associada a antibióticos virou a bola da vez da discórdia. Enquanto pacientes afirmam que venceram o dragão usando a droga, Governo e entidades médicas se dividem.
Diante disso, um abaixo-assinado por iniciativa do universo médico pedindo autorização para uso da droga já contava, desde ontem, com mais de duas mil assinaturas em apenas dois dias. Isso, vale a ressalva, somente de profissionais pernambucanos. No Brasil, a adesão tem sido na mesma intensidade, segundo o deputado Alberto Feitosa (SD), que lidera a corrente política em favor da liberação do remédio.
Para Feitosa, que ontem fez uma live com uma médica especializada no assunto, a cloroquina associada a outras drogas, embora não oficial e liberada, tem salvado muitas vidas. “Eu tenho amigos curados pelo uso da droga”, atesta o parlamentar. Ele está convencido de que o remédio é eficaz e milagroso, apontado nesse momento como a melhor solução aos que foram contaminados.
O presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM), Mauro Luiz Britto Ribeiro, já entregou ao presidente Jair Bolsonaro um parecer em que afirma não haver evidências da eficácia do uso da hidroxicloroquina no tratamento da Covid-19. Ribeiro afirmou, no entanto, que os médicos estão autorizados a prescrever a substância para os pacientes em determinadas situações. Bolsonaro já defendeu diversas vezes a utilização da hidroxicloroquina contra o novo coronavírus.
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