Pedir exaustivamente para que se faça o que países do mundo inteiro adotaram. Gastar saliva para convencer o que a medicina e as autoridades sanitárias suplica.
É como gritar e pedir a alguém no precipício para não dar um passo à frente e ela simplesmente ignorar.
Quem vem advogado a tese do isolamento social como a única chance possível de diminuir, controlar ou arrefecer o ritmo da tragédia, sente-se mesmo enxugando gelo.
Muitos devem ficar tentados a desanimar quando assistem nas redes cidadão adultos, esclarecidos, alguns confortavelmente ricos, pedindo e estimulando o contrário.
Ainda mais desalentador o movimento deflagrado por autoridades da República, como o presidente, cujo seu Ministério da Saúde, apesar da mudança de titular, mantém a mesma orientação de outrora.
Por que a providência técnica não muda conforme a ideologia ou o partido. É ciência. Nem mais, nem menos.
Esse cansaço foi admitido hoje à noite em entrevista exclusiva ao Hora H, da Rádio Pop FM e Rede Mais, pelo governador João Azevêdo (Cidadania).
O governador João Azevêdo (Cidadania) disse, nesta sexta-feira (08), ao Hora H, da Rede Mais de Rádio, que combater o novo coronavírus no Brasil é como se tivesse enxugando gelo.
“Em determinados momentos sim [é como se tivéssemos enxugando gelo]. Às vezes dá um pouco de desânimo, estamos tomando medidas que visam a proteção de vida. E quando temos autoridades maiores dizendo que sábado vai fazer churrasco, vai jogar bola. Isso não é exemplo”, desabafou.
Ouça: