Extraoficialmente, são 12 profissionais afastados hoje dos veículos da Rede Tambaú de Comunicação, em João Pessoa. Há quem fale em número maior.
É mais um capítulo do que já vem sendo tratado com nitidez aqui e em outros espaços, a crise na comunicação, vide a retração do mercado e novos hábitos. Tudo agravado pelo efeito da pandemia do coronavírus.
Entre os contratos rescindidos, uma demissão emblemática. Aldo Schueler é um dos fundadores da televisão paraibana. Do time contemporâneo de Nelma Figueiredo, que já partiu prematuramente, e Edilane Araújo.
Só de TV Tambaú, Aldo tem mais de vinte anos. Aquele que viu as primeiras câmeras da TV paraibana em ação, agora também testemunha um dos momentos mais delicados e complexos desse mercado e segmento.
Profissional de primeira grandeza, Aldo é sinônimo de elegância na tela e de dignidade fora dela. Perde a TV Tambaú e perde o telejornalismo que passa a conviver com uma de suas maiores referências fora do ar. Quiçá, temporariamente.
As mudanças na emissora do grupo Marquise não são isoladas. Somam-se a outros episódios recentes em veículos concorrentes.
A baixa no consumo e a paralisação parcial da economia estão aumentando o tamanho do deserto que a comunicação já vem atravessando nos últimos anos. E não há terra prometida nem sinal de oásis no horizonte.
*Nota emitida pela RTC
Estamos diante da maior crise mundial dos tempos modernos, que impacta de forma dramática a vida das pessoas e o cotidiano das organizações.
Assim como todas as empresas e grupos de comunicação brasileiros, a RTC desde o primeiro momento, iniciou um processo de reestruturação para se adequar a uma nova realidade econômica, tendo como premissas o cumprimento das obrigações e a sustentabilidade dos negócios.
Por fim, reafirmamos nosso compromisso em continuar produzindo conteúdo relevante e de credibilidade, acreditando que com o restabelecimento da normalidade das nossas vidas, possamos continuar contribuindo com o desenvolvimento socioeconômico da Paraíba e de Alagoas.