Uma coisa já está diagnosticada na crise do novo coronavírus no Brasil. O debate da doença tirou de cena o protagonismo de lideranças da esquerda na polarização arrastada com o presidente Jair Bolsonaro.
Ofuscados pela presença marcante de nomes do centro-direita, líderes do espectro progressista praticamente sumiram.
Lula até tentou, mas a tônica – já cansada e gasta – não pegou. A propósito, Lula preso fazia mais barulho do que livre.
Haddad até tenta, mas… Ciro, com seu estilo corrosivo, não consegue capitalizar para si a não ser a imagem de histeria e descontrole. E nem precisa se esforçar.
Na crise da covid-19, as imagens que realmente ficaram no imaginário popular foram as de Bolsonaro, Dória, Witzel e… Henrique Mandetta.
O ex-ministro assumiu o vazio ainda não ocupado pelo espalhafatoso governador do Rio e nem pelo paulista fabricado em laboratório.
É difícil, mas o bom desempenho e a aprovação de Mandetta podem se transformar em voto. Uma esperança de quem procura um candidato e não acha. A conferir.
O exame do momento é suficiente para um teste positivo: a cena hoje está entre Bolsonaro, com sua extrema direita, a direita e o centro.
A esquerda, que já vinha em quadro observação, entrou em quarentena. Com graves sinais de adoecimento.