Ainda há pouco, o primeiro ministro britânico, Boris Johnson, tuitou em seu perfil pessoal que “mesmo se fizer bom tempo, neste final de semana, você está salvando vidas ficando em casa”. Ele se dirigia ao povo britânico, dedicando-se a uma live, a detalhar sua recomendação.
O líder da comunidade britânica busca se recuperar de uma posição inicial de confronto com o vírus. Dessa forma, nos primeiros momentos da briga, ele se esforçava para demonstrar que o Covid-19 não carregava tanto perigo e, portanto, o melhor seria continuar trabalhando em favor da economia.
Também o presidente Donald Trump, dos Estados Unidos, migrou de uma posição refratária a conceder status de perigoso ao coronavírus e, hoje, é claro defensor do isolamento social como forma de impedir a explosão da pandemia.
O problema maior, neste momento, até uma criança em idade escolar sabe perfeitamente, é reduzir a velocidade de propagação do vírus. Por conseguinte, o trabalho prioritário de médicos e profissionais da saúde, no Brasil e no mundo, é o de impedir a explosão de infecções, colapsando o sistema de saúde.
Dessa maneira, porque não há sistema de saúde em nenhum país no mundo que comporte, de uma só vez, uma procura na casa das milhares de pessoas por vagas em UTIs. Isso acontecendo, acabará se impondo, aos profissionais da saúde, a indescritível tarefa de escolher quem vai viver e quem vai morrer sem assistência.
Os cálculos são atormentadores, segundo explicam os especialistas. A chance de alguém ser internado por conta do coronavírus é de 1 X 10. Agora, imagine isso multiplicado aos milhares. Em cada 10.000, 1.000 terão que ser hospitalizados.
Na progressão, não tem rede hospitalar que suporte. Além de tudo, não há nem vacina para prevenir nem remédio capaz de curar o mal, por enquanto, o que transforma o Covid-19 na pandemia qualificada pela Organização Mundial da Saúde.
Além de normalmente não haver instalações suficientes para atender a tanta gente de uma só vez, o drama aumenta com a absoluta falta de equipamentos de proteção, mundo afora. Situação que, no Brasil, está infernizando as autoridades locais de saúde.
Tudo o que os países necessitam, num momento de tanta aflição, é que seus líderes estejam, permanentemente, ao lado da verdade. Johnson e Trump logo perceberam isso, e mudaram. No Brasil, o presidente Bolsonaro ainda não se dispôs ao mesmo.
Diferentemente da esmagadora maioria dos líderes mundiais, o brasileiro segue se indispondo com a população aflita e com as autoridades de saúde, inclusive fazendo o que de pior poderia ser feito: espalhando fake news a confundir o povo em geral.
ONU
Em assembleia geral que terminou na madrugada desta sexta-feira, 03, a Organização das Nações Unidas apelou aos líderes mundiais para que seguissem no modo cooperativo. A resolução enfatiza a “cooperação internacional” e o “multilateralismo” como formas de combater o coronavírus.
Ninguém, absolutamente ninguém, pode continuar menosprezando o poder do coronavírus para a saúde da população e para a própria economia nacional e mundial. Quanto mais favorecermos sua propagação mais contribuiremos para o desastre humano e econômico mundial, dizem, à unanimidade, os especialistas.
Cabe-nos, pois, acima de tudo, seguir à risca as orientações das autoridades mundiais e nacionais da Saúde. Com especial atenção para os líderes nacionais, com poder de mando e influência capazes de encaminhar essa luta para o lado do bem ou para o lado do mau.
Por tudo isso, FIQUE EM CASA, caso você não esteja incluído na assistência médica ou em serviços considerados essenciais. Pois, principalmente estes, os essenciais e os guerreiros da saúde, precisam de que você FIQUE EM CASA.