As palavras convencem. Os exemplos arrastam. O que o governador João Azevêdo e os prefeitos Luciano Cartaxo, de João Pessoa, e Romero Rodrigues, de Campina Grande, fizeram, ontem, não teve nada de extraordinário, em tese. Na prática, entretanto, um avanço institucional.
O momento inspira e exigia mais do que anúncios isolados dos três maiores gestores públicos do Estado. O encontro, olho no olho, para afinar e potencializar ações conjuntas era uma questão estratégica. Administrativa, não política, frise-se.
João, Luciano e Romero souberam compreender esse instante e fizeram o que cabe a eles. Somente a eles. João com o mérito de chamar e os prefeitos com o crédito do desprendimento e da responsabilidade.
Agiram os três com discrição, tanto que a reunião foi anunciada somente na hora. Evitaram holofotes. E, de fato, não eram eles que precisavam brilhar. O gesto e o resultado falam mais do que os seus protagonistas.
Do encontro, saíram encaminhamentos para o enfrentamento ao temível coronavírus com políticas com mais chances de êxito e assertividade, porque integradas, coesas.
Não foi a foto. Foi a atitude. Uma mensagem para os cidadãos de que, nesse momento, qualquer diferença política é minúscula diante do interesse público de preservar vidas. Um sinal de amadurecimento do Estado.