(BRASÍLIA) – A terça-feira na Paraíba volta a ser data marcante. Dia de nova fase da Operação Calvário. Já é a oitava. A sétima, a juízo final, foi numa dessas fatídicas terças, a do dia 17 de dezembro do ano passado.
A Calvário saiu novamente às ruas e focou em duas frentes.
Uma investigação sobre as ligações da Loteria do Estado da Paraíba (Lotep), Tribunal de Contas do Estado (TCE) e a empresa Paraíba de Prêmios.
Há suspeitas da atuação velada de Coriolano Coutinho, irmão do ex-governador Ricardo Coutinho, nesse ramo.
Mandados de prisão e busca e apreensão, em órgãos públicos, empresas e residências.
Nessa mesma terça-feira, o Ministério Público apresentou nova denúncia contra o ex-governador.
Dessa vez, pela acusação de intimidação e orquestração, via dossiês, contra conselheiros do Tribunal de Contas do Estado, com o objetivo de inibir fiscalização e calar eventuais relatórios desfavoráveis à Cruz Vermelha, a poderosa OS que gerenciava o Hospital de Trauma de João Pessoa.
E, como se sabe, desviava dinheiro para fins pouco republicanos.
Se já era delicada, a situação de Ricardo, em uso de tornozeleira eletrônica e com o irmão novamente alvejado, piora.
Uma nova terça para não esquecer.