No carnaval, o humorista Marcelo Adnet foi para a avenida e do alto de um carro alegórico, vestido a caráter, imitou e satirizou o presidente Jair Bolsonaro.
O bolsonarismo pirou e jogou pragas em Marcelo. A esquerda foi para galera, riu e fez a festa com a gozação.
Nessa semana, o humorista Márvio Lúcio vestiu-se de Bolsonaro e foi até o Palácio da Alvorada para uma gravação.
Saiu de lá ao lado do presidente para falar com a plateia e com jornalistas.
O Carioca, nome artístico de Márvio, aproveitou a oportunidade e roubou a cena falando como se o presidente fosse e até respondendo perguntas de jornalistas.
De posse, chancelada pelo presidente, da caricatura do ex-capitão até distribuiu bananas para os repórteres.
A esquerda que vibrou com Adnet disparou petardos contra o deboche e não viu arte nenhuma na coisa.
Os bolsonaristas que xingaram a perfomance do ator global na avenida viram a maior graça e foram à desforra.
As situações têm suas particularidades. O segundo caso incluiu o presidente em pessoa, que pode até ser questionado pelos críticos pela atitude de fazer de um humorista seu porta-voz e aclamado por seguidores pela atitude ‘descolada’.
Mas pensando bem, julgando pelas reações das militâncias opostas, ora com riso, ora com cara feira, esses extremos nem são tão diferentes assim…