Quando a Sexta Turma do Superior Tribunal de Justiça decidiu, no caso do ex-governador Ricardo Coutinho (PSB), determinar, entre as cautelares, a proibição da ausência da comarca de residência (João Pessoa) e delegar a adaptação das medidas ao relator do processo na Paraíba, Ricardo Vital, um perigo para a defesa do socialista estava desenhado.
E ele se concretizou hoje. De posse da delegação, Vital exerceu seu mister e estabeleceu para Coutinho e mais outros sete soltos pelo STJ o uso da temida tornozeleira eletrônica.
Para um político, um equipamento tão constrangedor quanto a prisão. Lula, por exemplo, resistiu até as últimas consequências. Chegou a dizer que preferia permanecer preso a carregar na perna o aparelho de monitoramento permanente.
Ricardo se livrou do cárcere. Não das consequências.