Luciano Cartaxo, prefeito de João Pessoa, apresentou, hoje, sua última mensagem à Câmara. Por razões naturais, com clima de despedida e olhar no horizonte para a reta final do seu segundo mandato.
No conteúdo de seu pronunciamento, a expressão de quem considera que está cumprindo o dever outorgado pelos seus munícipes.
Mas, em nenhum momento, foi possível sentir uma fala de cansaço ou comodismo. Porque é comum, nessa fase, o gestor gastar o tempo em agendas de euforias sociais ou até mesmo pessoais.
É, no geral, aquela velha (e natural) sensação já de férias antecipadas.
Ele não é candidato a mais nada neste ano. Nem por isso, vestiu o pijama. Quebra o script e mantém o ritmo pessoal e administrativo no que lhe cabe enquanto prefeito.
Como se estivesse começando agora, despacha até tarde e roda a cidade com o entusiasmado da chegada.
Quem vê o lançamento da Nova Epitácio, a inauguração da Saturnino de Brito, com 400 casas, o lançamento e sua obsessão por entregar até o fim do mandato o Parque Sanhauá, percebe esse ímpeto peculiar.
Quanto mais se aproxima a hora da despedida, mais o prefeito demonstra renovar o fôlego. É como se a vontade pessoal fosse maior do que o calendário que não estaciona.
Psicologicamente falando, dá até para arriscar um diagnóstico. É a consciência de que, entre 720 mil habitantes, ele vive uma experiência única. Então, por que não fazer valer cada segundo desse privilegiado tempo?