Entre crises políticas, como a do rompimento traumático no PSB, e os estilhaços da Operação Calvário, qualquer governo passaria por turbulências.
E o governo de João Azevêdo vem se sobressaindo, até aqui, por um binômio.
A postura do governador que agiu quando precisou decidir, mesmo colhendo graves consequências políticas, e a condução do presidente Adriano Galdino na Assembleia.
Adriano alcançou um nível de liderança entre seus pares incomum na história recente do Poder Legislativo. Ele exerce influência sobre contingente considerável de parlamentares da base governista e é considerado também por praticamente toda a oposição.
A reação de oposição e do G11 – grupo paragovernista na Assembleia – em solidariedade ao presidente pelas duras palavras do deputado Damião Feliciano (PDT), insinuando golpe contra João e a vice-governadora Lígia Feliciano, é a prova disso.
A questão é: a esta altura do campeonato, um processo de instabilidade maior contribuirá em que com a Paraíba, que tenta, a todo custo, manter-se de pé em meio ao furação da Operação Calvário, que vai do Executivo ao Legislativo, do Judiciário ao Tribunal de Contas?
O momento impõe serenidade da parte de quem tem a responsabilidade institucional e política de fazer o Estado continuar andando, apesar dos sobressaltos.
A João, a tarefa de segurar o prumo do governo, mesmo em meio à tempestade que herdou.
Com o presidente Adriano Galdino, a missão preponderante de responsabilidade da Assembleia nesse instante delicado da vida pública paraibana, como procedeu em vários episódios de enfrentamentos internos no Poder.
Na estabilidade política e segurança institucional, ambos têm papel determinante.