Excrescência. A palavra revela o sentimento do governador João Azevêdo (Cidadania) sobre o inusitado pedido duplo de impeachment em tramitação na Assembleia.
Hoje, instado pela imprensa, o governador referendou o que chamou de “leitura correta” do deputado federal Damião Feliciano sobre o processo.
Quem não lembra, em entrevista ao Hora H, da Rede Mais de Rádio, transmitido em João Pessoa pela Rádio POP FM (89.3) na última sexta-feira (07), o pedetista tratou como “golpe” o pedido de impeachment contra o gestor estadual e a vice-governadora Lígia Feliciano (PDT).
“Ele [Damião] fez uma leitura correta do processo. O processo é desprovido de qualquer substância. Primeiro que não se faz impeachment de duas pessoas ao mesmo tempo, seria algo inusitado. Segundo, para que haja um processo de impeachment é preciso ter crime de responsabilidade, e isso não existe. É desprovido de qualquer condição jurídica, aquilo é uma excrescência”, disse.
À semelhança de Feliciano, Azevêdo usou a mesma palavra para tratar do movimento, caso a tramitação prossiga: “golpe”.
Tal qual o deputado federal, João também puxou o presidente da Assembleia para o centro do debate: “ Adriano Galdino [presidente da ALPB] tem a verdadeira noção do que é aquilo e o que representa para democracia. Caso houvesse prosseguimento, haveria um golpe”, pontuou.
As cartas estão na mesa.