Imagine que você tem uma franquia e, num dia desses normais, dá de cara na sua loja com nada mais nada menos do que o presidente nacional da empresa que você representa.
E se a visita do alto executivo fosse para conversar com clientes, analisar o desempenho dos produtos, ele mesmo verificar dificuldades e pessoalmente entrar em contato diretamente com diretores técnicos de áreas para solucionar na hora impasses e melhorar os serviços?
Lógico que o inusitado surpreenderia e aumentaria o seu orgulho de fazer parte desse time. Pois foi o que aconteceu nesse sábado em João Pessoa com lotéricos e correspondentes visitados discretamente pelo presidente nacional da Caixa.
Pedro Guimarães, economista respeitado no mercado e homem de confiança do ministro Paulo Guedes, baixou no fim da manhã numa lotérica da Avenida Josefa Taveira, a mais popular do bairro mais populoso da capital paraibana.
No fim da tarde, Guimarães, quase anônimo e sem presença da imprensa, visitou um correspondente da Caixa na orla do bairro de Tambaú. Num só dia, o número 1 da Caixa viu in loco os dois extremos do serviço bancário na cidade, da periferia à área nobre.
Nas duas agendas, conversou com os proprietários e auscultou de perto usuários. Muitos deles, surpresos, só acreditavam que estavam com o presidente nacional do banco depois de puxar o celular e pedir a certificação googleana.
Depois da confirmação, não teve jeito. Pedro saiu rapidinho do anonimato e foi solicitado pela clientela para posar para selfies nas redes. Simpático, fez as fotos com sorriso largo estampado no rosto.
Sem estardalhaço, o carioca emprestado ao Governo Federal tem feito esse tour por várias cidades do Brasil.
Homem de mercado e, portanto, sem nenhuma pretensão eleitoral, Pedro trocou o ar condicionado pelo cheiro de povo país afora. Uma lição para muitos executivos de gabinete que adoram Brasília mas são alérgicos ao Brasil real.